sexta-feira, 12 de abril de 2013

OS FILHOS DA ERA DIGITAL


Incrível que para iniciar um texto cujo objetivo é convidar à reflexão sobre os filhos da era digital, a primeira imagem que me venha à cabeça seja a de um quadro pintado por Michelangelo por volta de 1511. Convido-os a mergulhar em minhas palavras, despidos de qualquer intenção de julgá-lo de conotação ou interpretação religiosa, não é o caso.

Michelangelo ao pintar "A Criação de Adão", retratou Deus (o criador), a tocar Adão (a criatura), e através deste toque transmitir ao "agora homem" os segredos de um novo mundo que descortinar-se ia à sua frente. O olhar de Adão (o puro) busca o de Deus (o sábio) com certo temor, diante de tantas novidades.

Tente abrir a mente para enxergar a imagem com intenção invertida. Adão (o jovem) toca o dedo de Deus (o velho) na tentativa de chamá-lo a conhecer as novas possibilidades por ele descobertas. O olhar de Deus (o pai) busca o de Adão (o filho) com certa impaciência e alguma resistência em aceitar que tudo o que acredita, todos os conhecimentos acumulados em sua existência estão em risco de se tornar obsoleto. Porém, continua tocando o filho, resiliente a acompanhá-lo, mesmo assustado ao encontrar alguma dificuldade de fazer o que para o filho (o gerado), parece ser intrínseco de sua existência, embora ele (o genitor) não o tenha criado assim.

Há pouco mais de duas décadas, o mundo foi sacudido pelo surgimento da internet. De lá para cá, os avanços tecnológicos se apresentam literalmente à velocidade da luz, e os meros mortais, filhos do século XX, se debruçam sobre guias e manuais a fim de se manterem atualizados e adaptados às novas (e cá pra nós, muito mais simples, rápidas e eficientes) maneiras de fazer coisas velhas. Em contraponto, a Y Generation, filha do século XXI parece já nascer, como que por osmose, completamente à vontade neste universo high-tech, entre nuvens, wi-fi, touch screen, tablets, smartphones e todos os outros recursos que existem e, por incrível que pareça, os que ainda irão existir. Sim, eles (máquinas e homens), são o progresso. Mas serão evolução?

A frase "A tecnologia aproxima quem está longe e afasta quem está perto", de autor desconhecido, provoca reflexões paradoxais sobre o tema: Estaremos nós evoluindo enquanto seres humanos ou nos afastando dos valores realmente evolutivos: família, sentimento verdadeiro, cuidado com o próximo, toque, calor humano?

Fica aqui o ponta-pé inicial, o convite à esta discussão que provavelmente vai transcorrer através deste blog, das redes sociais ou por algum outro meio virtual. Afinal, encontrar os amigos para uma conversa filosófica presencial está ficando cada vez mais raro. E viva o progresso! Ou não.

Segue um vídeo que ilustra a naturalidade da criança ao lidar com o que para os adultos, é conceituado como "novo".



Melyssa Chaves.
As Marias Propaganda | Planejamento Estratégico
Discente no Curso de Formação para Docência do Ensino Superior | Cesmac

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O poder das palavras

Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras, mas tem gente provando que as palavras podem valorizar - e muito, a imagem.

Um case que circula pela internet esta semana, nos chamou à esta reflexão.

Através de um projeto chamado Candy Project, dois redatores paulistas desenvolveram uma ação de marketing direto criativa e funcional. Selecionaram um vendedor de balas comunicativo e cheio de personalidade que trabalha em um semáforo de bastante movimento em São Paulo e, colocando frases divertidas numa embalagem super simples com as balas, conseguiram alavancar as vendas do rapaz em quase de 50%. Phillip Kotler com certeza adoraria ter acompanhado o tal projeto. Pensando pela teoria mais popular do mundo do marketing (os 4 P's - PREÇO, PRAÇA, PRODUTO, PROMOÇÃO), apenas um dos "P's" foi trabalhado - o da PROMOÇÃO. e deu super certo!

Ações como essa é que motivam a nós, da As Marias, a incrementar - com uma pitadinha de diferencial, a receita do sucesso de nossos clientes!

Confira abaixo o vídeo e as imagens que descrevem o projeto.








terça-feira, 2 de abril de 2013

A PROPAGANDA DA PROPAGANDA



Todos os anos o mercado publicitário é "informado" sobre as mudanças de grade de programação das emissoras e veículos em geral, uma forma que estes encontram de aproximar seus produtos e serviços dos seus parceiros (agências e corretores) e assim, esperar um resultado crescente no próximo ano.
Geralmente são eventos festivos, com a intercessão de figuras respeitáveis, de credibilidade. Ocorre que normalmente estes eventos são direcionados apenas para o mercado. Este ano, a Globo inovou: levou seu elenco para um evento de auto-promoção aberto para o público final. Com o especial Vem Aí 2013, todo mundo pode conferir o que vai rolar de novo na programação, novas contratações e etc. Um programa diferente para o grande público e de certa forma, para o mercado, que tem ferramentas mais contundentes de convencimento dos anunciantes que agora estão mais "por dentro" das melhorias para retorno do seu investimento. É a propaganda da propaganda, e isso foi só a pontinha do iceberg. Com a popularização da TV fechada, a TV aberta tem tido mesmo que mudar sua estratégia para continuar crescendo. Ganhamos todos, mercado, agências e anunciantes. Plimplim!